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C1-1)  RINITES AGUDAS

      a) Rinite catarral aguda ou rinite do resfriado comum.

            É o processo inflamatório agudo da mucosa nasal que se caracteriza inicialmente por crises esternutatórias, coriza e obstrução nasal, podendo haver febre, geralmente baixa, e astenia. Evolui com uma rinorréia mucosa ou muco-purulenta, sendo comum o lacrimejamento e ardor na garganta. Dura de 8 a 12 dias e os sintomas vão diminuindo progressivamente. O aspecto da mucosa à rinoscopia anterior é a de um processo inflamatório agudo com uma fase isquêmica inicial seguida de uma fase hiperêmica com edema.

            A fase inicial é desencadeada por um vírus (geralmente rinovírus) sendo seguida por infecção secundária por bactérias (estreptococos, pneumococos, etc.). A incidência maior é em crianças e existem fatores predisponentes como o clima, fadiga, desnutrição, obstruções nasais por outras causas, alergias respiratórias, poluição ambiental, etc..

            As complicações mais comuns são a sinusite, otite média e amigdalite.

            O tratamento preventivo com vacinas pode ser feito, mas como a variação imunológica dos vírus causais é grande o resultado é insatisfatório. O tratamento é sintomático com uso de antitérmicos, analgésicos e descongestionantes sistêmicos ou tópicos ( estes últimos por um curto período para evitar a rinite medicamentosa). Se os sinais e sintomas de infecção secundária justificarem podem ser usados antibióticos.

      b) Rinite gripal (influenza)

            Causada pelos vírus da Influenza (tipos A, B e C). Os sintomas tanto locais como sistêmicos são mais intensos que o do resfriado comum e as complicações são mais comuns. 

      c) Rinites das doenças infecciosas

            Nas moléstias exantemáticas como o sarampo, escarlatina, etc. existe uma fase prodrômica com uma rinite semelhante à rinite catarral aguda, sendo o diagnóstico diferencial difícil nessa fase.

            A rinite diftérica pode ser primária ou secundária provocando uma rinorréia purulenta geralmente bilateral podendo haver epistaxe. À rinoscopia pode-se observar a presença de pseudo-membranas diftéricas mas a evolução pode ser insidiosa sem a formação de pseudo-membranas. 

      d) Rinites vestibulares – fig. 5a

            As vestibulites podem ser secundárias a rinites ou por laceração traumática do epitélio levando a infecções bacterianas. Podem ocorrer furúnculos, abscessos, erisipela, impetigo ou formação de granulomas piogênicos.

 

Vestibulite nasal                                         Granuloma piogênico

Figura 5a

 

 

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